quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Keith Swanwick

O homem se desenvolve por etapas. O educador musical Keith Swanwick organiza de acordo com sua experiência docentes em uma escolas de música inglesas uma melhor maneira de perceber e analisar como se dá o desenvolvimento musical no ser humano. Na verdade ele  não é o primeiro a estudar o asunto, já outros pensadores, educadores e psicólogos também organizam o desenvolvimento do indivíduo em etapas, aliás, quase toda a base teórica da pesquisa de Swanwick é de Piaget, pois, Piaget observa crianças em desenvolvimento, especialmente seus filhos e de forma geral. Swanwick então, organiza um método de observação e constatação de como a música se desenvolve na vida humana. Tentaremos entender de que forma então que Swanwick elabora suas pesquisa e teoria.


Keith Swanwick parte do princípio de que qualquer conhecimento obedece a etapas de acordo com o desenvolvimento psicológico de quem o estuda. Como a música também é um conhecimento como outro qualquer, Swanwick mapeia em diferentes faixas etárias (de 3 a 15 anos) o progresso deste conhecimento. Vale ressaltar que a pesquisa foi realizada com alunos de classes diferentes, etnias diferentes (desde asiáticas a africanas), durante quatro anos e o mais importante, trabalhando com a ótica da oficina de música, dando ênfase em defesa de uma série de outros educadores, dentre os quais, John Paynter e Murray Schafer, que trabalham com a “linha criativa” da educação musical, que explora a criatividade do aluno utilizando todo e qualquer tipo de material sonoro. Foram então analisadas 745 composições feitas por 48 alunos durante o tempo da pesquisa.

Por que teoria espiral? Ora, o gráfico estrutural do desenvolvimento musical dos alunos observados é em forma de espiral. É através desse gráfico que Swanwick mostrou o desenvolvimento em níveis relacionados com a faixa etária dos alunos “compositores” estudados. Tais níveis ou territórios foram divididos em quatro: material, expressão, forma e valor.

O território material foi dividido em duas partes: sensorial e manipulativo que compreende a faixa etária de 0 a 4 anos; o território expressão diz respeito a cianças de 5 a 9 anos; o terceiro desses territórios, o da forma dividiu-se em duas partes: indiomático e especulativo relacionado a crianças de 10 a 15 anos; o quarto território, o do valor é dividido em duas partes: simbólico e sistemático e diz respeito aos alunos com 15 anos ou mais. Partindo deste esquema de territórios, Swanwick propõe um processo de aprendizagem batizado por ele de “C.L.A.S.P.”, que em português foi traduzido para a sigla “T.E.C.L.A.”. A idéia é de trabalhar os conteúdos de forma integrada, vinculada, favorecendo assim, o aprendizado integrado, de forma que, essas fases sejam vivenciadas com um vínculo contínuo entre elas.

Entendendo o significado de cada uma das letras da sigla T.E.C.L.A. entendemos melhor o que Keith Swanwick quer com sua teoria: dar subsídios de organização para uma educação musical sistematizada de forma que todos os elementos da sigla não sejam nem priorizados, muito menos, desprezados. Eis o significado:

T – Técnica (manipulação de instrumentos, notação simbólica, audição).
E – Execução (cantar, tocar).
C – Composição (criação e improvisação).
L – Literatura (história da música).
A – Apreciação (reconhecimento de estilos / forma / tonalidade / graus).


É importante dizer que a linha de “oficina de música” adotada por Swanwick, prioriza e enfatiza a livre experimentação em materiais sonoros, sejam eles instrumentos, objetos ou o corpo; apesar disso, ele recomenda que o aluno seja estimulado convivendo com músicas do seu dia-a-dia e dentro dos padrões musicais de sua cultura, o que não significa dizer que esse repertório não possa ser ampliado com outros campos sonoros, observando e respeitando o universo sócio-cultural e afetivo do aluno.

A preocupação do educador musical então, deve ser a de encontrar uma espécie de base comum entre música e educação musical de forma a tornar mais ativo o processo de aprendizagem do aluno. Segundo o autor, conhecer música não quer dizer escutá-la por acaso e sim, envolver-se com ela profundamente. Ensinando e aprendendo música, musicalmente.


Keith Swanwick fala sobre o ensino de música nas escolas

Para o especialista inglês, é fundamental unir atividades de execução, apreciação e criação para que os alunos se desenvolvam artisticamente

Foto: Marina Piedade
Foto: Marina Piedade
KEITH SWANWICK "Os interesses musicais dos estudantes são variados. O professor precisa dominar um leque de atividades para atender a essas demandas. A história é conhecida: em agosto de 2008, o presidente Lula sancionou uma lei que torna obrigatório o ensino de Música na Educação Básica. Por enquanto, o que se sabe é que as redes têm até 2012 para se adaptar às exigências da norma. Sobre quase todo o resto, porém, paira uma atmosfera de indefinição. Haverá uma disciplina específica ou integrada ao currículo de Arte? A aula será teórica ou incluirá um componente prático? O professor polivalente poderá ensiná-la? Qual a formação mais adequada? Uma excelente fonte para refletir sobre essas dúvidas é a obra do inglês Keith Swanwick. Professor emérito do Instituto de Educação da Universidade de Londres e formado pela Royal Academy of Music, o mais aclamado conservatório musical da Grã-Bretanha, ele criou teorias sobre o desenvolvimento musical de crianças e adolescentes e investigou diferentes maneiras de ensinar o conteúdo. "Os interesses musicais dos alunos são muito variados: alguns gostam de ouvir, outros querem compor ou ainda cantar e tocar. O professor precisa dominar um leque de atividades para atender a essas demandas", defende.  Swanwick já esteve no Brasil 15 vezes, a mais recente delas em novembro do ano passado, a convite da Associação Amigos do Projeto Guri, em São Paulo, para uma palestra sobre Educação musical. Após o evento, ele conversou com NOVA ESCOLA.

Em linhas gerais, o que é preciso para ensinar bem Música?
KEITH SWANWICK O essencial é respeitar o estágio em que cada aluno se encontra. Tendo isso em mente, é preciso seguir três princípios. Primeiro, preocupar-se com a capacidade da criança de entender o que é proposto. Depois, observar o que ela traz de sua realidade, as coisas com que também pode contribuir. Por fim, tornar o ensino fluente, como se fosse uma conversa entre estudantes e professor. Isso se faz muito mais demonstrando os sons do que com o uso de notações musicais.
  
Como um aluno aprende Música?
SWANWICK Procurei responder a essa questão por meio de uma pesquisa com estudantes de Música ingleses com idades entre 3 e 14 anos. Aprendi que o desenvolvimento musical de cada indivíduo se dá numa sequência, dependendo das oportunidades de interação com os elementos da música, do ambiente musical que o cerca e de sua Educação. Com base nessas variáveis, posso dizer que o aprendizado musical guarda relação com a faixa etária. Cada uma corresponderia a um estágio de desenvolvimento. 

Quais as características de cada um desses estágios? 
SWANWICK O primeiro vai até mais ou menos os 4 anos. Sua marca principal são experimentações, com as crianças batendo coisas e explorando as possibilidades de produção de sons de cada instrumento. No segundo estágio, que vai dos 5 aos 9 anos, essa manipulação já funciona como uma forma de manifestação do pensamento, dando origem às primeiras composições, muito parecidas com as que os pequenos conhecem de tanto cantar, tocar e escutar. As criações se tornam mais variadas e supreendentes a partir dos 10 anos, num movimento que chamo de especulativo. Em seguida, já no início da adolescência, as variações passam a respeitar os padrões de algum estilo específico, muitas vezes o pop ou o rock, "idiomas" em que é possível estabelecer conexões com outros jovens. Por fim, a partir dos 15 anos, é possível desenvolver um quarto estágio, que engloba os outros três, em que a música representa um valor importantíssimo para a vida do adolescente, marcado mais por uma relação emocional individual e menos por modismos passageiros ou algum tipo de consenso social. 

Que aspectos devem ser considerados no ensino de música nas escolas?
SWANWICK O fundamental é que os conteúdos sejam trabalhados de maneira integrada. Nos anos 1970, resumi essa ideia na expressão inglesa clasp. Além de ser uma sigla, um dos sentidos dessa palavra em português é "agregar". Proponho que há três atividades principais na música, que são compor (a letra C, de composition), ouvir música (A, de audition) e tocar (P, de performance). Essas três atividades, que formam o CAP, devem ser entremeadas pelo estudo da história da música (L, de literature studies) e pela aquisição de habilidades (S, de skill aquisition). (No Brasil, esse processo ficou conhecido como TECLA: T de técnica, E de execução, C de composição, L de literatura e A de apreciação.) 

Qual a vantagem de trabalhar nessa perspectiva?SWANWICK Um ponto forte é considerar que todas essas coisas são importantes e que devem ser desenvolvidas em equilíbrio. A ideia do clasp também pode ser útil para o professor perceber se está gastando muito tempo, digamos, no L, descrevendo fatos históricos e desenhando instrumentos, por exemplo. Dar muito enfoque à história da música é uma forma simplificadora de achar que se está ensinando Música. Acontece que a história não é música - ela é sobre música. O mesmo excesso pode ocorrer com docentes que atuam na classe o tempo todo como intérpretes ou outros que apenas colocam CDs para a apreciação. 

É apropriado trabalhar com músicas que as crianças já conheçam? 
SWANWICK Sim, até para considerar o que cada criança traz de base. Mas o professor não pode se limitar ao repertório já conhecido. É preciso ampliá-lo. Para ficar em um exemplo típico do Brasil, posso dizer que é correto ensinar samba, mas é essencial explorar os diferentes tipos de samba e ir além desse ritmo, trazendo novas referências. 

Existem ritmos mais apropriados para cada uma das faixas etárias? 
SWANWICK Não. A variação de ritmos é importante para favorecer o desenvolvimento da turma. Também não diria que exista uma sequência mais adequada, do tipo "primeiro música clássica e depois popular". É claro que pode ser inadequado submeter a criança pequena ao rock pesado, por exemplo, porque ela não vai se identificar com esse tipo de som. Mas é interessante apresentar a ela alguns tipos de percussão. Na outra ponta, talvez os mais velhos não queiram se aproximar de canções de ninar porque elas não fazem mais parte de seu universo. De qualquer forma, um bom conselho é evitar rotular os estilos musicais, pois esse tipo de estereótipo pode afastar. Se eu digo para um adolescente para ouvir apenas Beethoven (1770-1827) quando seu interesse é o rock, ele não vai dar a devida atenção e pode pensar: "Isso não serve para mim". Por isso, não falo de antemão para os alunos que eles vão ouvir uma música de determinado tipo. É preciso contextualizar a criação de modo que o estilo seja apenas um dos dados sobre a música. 

É verdade que os adolescentes são menos interessados em educação musical do que as crianças? 
SWANWICK Adolescentes são outro mundo. (risos) Eles gostam de música de modo geral, mas normalmente não estão interessados em ouvir a música como ela é apresentada nas escolas. O professor tem de chegar a um acordo sobre o que trabalhar. É inevitável negociar. Se o docente tiver uma posição muito rígida, com nível de tolerância baixo, não vai funcionar. 

Criar uma lei que torne compulsório o ensino de Música é uma boa ideia? 
SWANWICK Acredito que é uma boa iniciativa porque oferece às diferentes classes sociais oportunidades iguais de aprender. Nem todas as crianças têm a chance de frequentar um curso de música pago por seus pais em uma instituição privada. Possibilitar esse acesso nas escolas públicas é muito bom. Mas é preciso ficar atento ao conteúdo dessas aulas. Toda criança gosta de música. É natural do ser humano. Mas uma aula de música mal dada pode estragar tudo. Se ela for distante demais da realidade do aluno ou excessivamente teórica, por exemplo, o estudante pode ficar resistente ao ensino de Música e piorar a situação. 

Qual sua avaliação sobre a Educação musical no Brasil?
SWANWICK Acho que vocês têm alguns problemas. Durante minha viagem, pensei bastante na seguinte questão: onde estão os professores que vão atender à demanda criada pela nova lei? Certamente há muitos profissionais ensinando música de qualidade, mas em geral eles estão em escolas de Música e não na rede de ensino. É preciso conceber formas de atrair essas pessoas para a escola ou melhorar a formação dos que já atuam. Talvez seja necessário um tempo para que se formem docentes prontos para cumprir a norma do governo. 

Muitos professores de Arte, disciplina que hoje engloba o ensino de música, reclamam que a área não é reconhecida no Brasil. Qual sua opinião? 
SWANWICK Eu entendo que muitas vezes o ensino se torna tão penoso que fica fácil esquecer o valor da música. Eu diria que cada professor também pode atuar para recuperar esse entusiasmo, independentemente de o reconhecimento existir ou não. Uma das maneiras é experimentar a música por si mesmo. Fiz um trabalho para uma organização do Reino Unido que queria avaliar a qualidade de seus professores de música. Eu dei vários cursos para esses docentes e, um dia, um deles me disse: "Eu estava desmotivado e suas aulas me despertaram. Eu até voltei a tocar piano". Imagine só: ele era professor e tinha parado de tocar seu instrumento! Além de tocar, o professor deve ouvir boa música - enfim, ficar em contato com a área de uma forma prazerosa fora da sala de aula.

Na sua opinião, professores de Música precisam ser músicos? 
SWANWICK Evidentemente, não precisam ser pianistas de concerto. (risos) Mas é fundamental saber tocar um instrumento porque isso é muito útil na sala de aula. Ajuda a exemplificar e a responder as dúvidas, entre outras coisas. Além disso, é preciso entender muito bem do assunto, ter conhecimentos de História da Música, saber relacionar diferentes momentos históricos e estilos e construir uma visão crítica sobre o tema. 

Há uma idade mínima para a criança começar a aprender a tocar um instrumento?
SWANWICK É difícil determinar essa faixa etária, pois costuma haver uma grande variação individual. Muitas crianças não escrevem nem leem com 3 anos, mas já têm alguns conhecimentos de gramática - eventualmente, podem usar o passado, o presente e o futuro em frases, por exemplo. Num paralelo com a música, elas não são capazes de escrever notas musicais, mas podem tocar para se expressar. Costumo dizer que a idade boa para começar a aprender é quando a criança demonstra interesse. 

Muitas vezes, o principal objetivo das aulas de Música é preparar as crianças para apresentações em datas comemorativas. Isso é ruim? 
SWANWICK Você não pode impedir os pais de querer ver os filhos no palco em uma festa. A tentação de mostrar a criança é muito grande não apenas na música como também nos esportes e em recitais de poesias, por exemplo. Entretanto, é preciso fugir da armadilha de reduzir o ensino de Música a essas atividades. Também não se pode cair na ideia de que o objetivo escolar é formar músicos ou apenas fazer com que as crianças gostem um pouco mais de música. 

Qual deve ser o cerne do trabalho? 
SWANWICK As aulas devem colaborar para que jovens e crianças compreendam a música como algo significativo na vida de pessoas e grupos, uma forma de interpretação do mundo e de expressão de valores, um espelho que reflete sistemas e redes culturais e que, ao mesmo tempo, funciona como uma janela para novas possibilidades de atuação na vida. 

O DESENVOLVIMENTO  MUSICAL SEGUNDO SWANWICK 
Todos nós, educadores musicais, nos deparamos no dia-a-dia com o pouco material teórico a respeito de como se dá o desenvolvimento musical no ser humano, já que foram poucos os que elaboraram uma teoria a esse respeito. Keith Swanwick é um educador musical que se debruçou sobre esse tema, buscando solucionar questões curriculares nos cursos oficiais de música ingleses. Seu trabalho não é pioneiro, mas vem acrescentar às teorias de desenvolvimento 'clássicas', idéias originais, elaboradas a partir de constatações fundamentadas em sua prática docente e em sua pesquisa de campo. Toda a 'Teoria Espiral', criada por ele, está baseada nas idéias de Piaget, ou seja, de que o conhecimento se dá por etapas sucessivas e é construído pelo indivíduo. Sendo assim, tentaremos traduzir algumas dessas idéias, trazidas a nós através de seu livro Musical Knowledge: Intuition, Analysis and Music Education, de 1994.

A pesquisa de Swanwick e a elaboração de sua teoria

Tendo como premissa a convicção de que o aprendizado musical, assim como qualquer outro ramo do conhecimento, deve obedecer etapas sucessivas, consoantes com o nível de amadurecimento psicológico do indivíduo, Swanwick fez um mapeamento do progresso desse conhecimento, estudando um grupo de estudantes na faixa entre os 3 e os 14 anos. Essas crianças, todas alunas de três escolas em Londres, eram oriundas de diversos grupos étnicos e culturais (crianças de origens asiáticas, antilhanas, africanas e sul e norte européias). Durante quatro anos, Swanwick fez gravações de composições feitas por elas, em um total de 745 composições de um universo de 48 estudantes. É importante frisar que esse estudo foi feito dentro da ótica das 'oficinas de música', priorizando uma visão chamada por seus defensores de linha 'criativa' do ensino musical. Dentro dessa ótica, defendida por muitos educadores contemporâneos, tais como John Paynter e Murray Schafer, o professor deve buscar desenvolver a criatividade e a improvisação, utilizando para isso todo e qualquer material sonoro disponível.

A partir de seu estudo, Swanwick elaborou sua 'Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical'. Para representá-la, ele elaborou um gráfico em forma de espiral. Através dele, Swanwick mostrou os níveis de desenvolvimento, relacionados com a idade das crianças 'compositoras' estudadas. O primeiro desses territórios, o material, ele dividiu em dois níveis: o sensorial e o manipulativo e diz respeito às crianças de 0 a 4 anos. O segundo desses territórios é o da expressão, que compreende crianças na faixa dos 5 aos 9 anos mais ou menos. O terceiro, o da forma, ele dividiu em: especulativo e idiomático, e diz respeito às crianças de 10 a 15 anos. O quarto e último desses territórios, o do valor, ele dividiu em: simbólico e sistemático, e diz respeito às crianças de 15 anos ou mais.

A partir dessa teoria, Swanwick propôs um processo de aprendizagem baseado em um modelo que ele batizou de 'C.L.A.S.P.', que em português foi traduzido para modelo 'T.E.C.L.A.'. O modelo consiste em trabalhar os conteúdos de maneira vinculada, para justamente favorecer o desenvolvimento cognitivo de forma integral e não fragmentada. Sua intenção é que as fases não estejam dissociadas, mas sim, mantenham um vai-e-vem contínuo entre elas.

Dessa forma, para uma boa educação musical o professor deve, no entender de Swanwick, estar atento para não priorizar e nem desprezar qualquer dos elementos abaixo, resumidos na sigla 'T.E.C.L.A.':

T- Técnica (manipulação do instrumento, notação simbólica, audição)
E- Execução(tocar, cantar)
C- Composição (criação, improvisação)
L- Literatura (história da música)
A- Apreciação (reconhecimento de estilos/ forma/ tonalidade/ graus)

Apesar de trabalhar em uma linha conhecida como 'oficinas de música', que prioriza a livre experimentação de materiais sonoros, Swanwick compreende a importância do universo sociocultural e afetivo do educando, deixando claro que a criança deve ser estimulada com músicas que estejam no seu dia-a-dia e dentro dos padrões musicais de sua cultura. Isso não significa dizer que não devemos ampliar esse repertório, mostrando outros universos sonoros.

Keith Swanwick defende que as artes fazem as pessoas felizes


Keith Swanwick foi o orador convidado para encerrar o II Congresso de Regional de Educação Artística, evento que decorreu durante dois dias no Madeira Tecnopolo.

Ao JM, o professor emérito do Instituto de Educação da Universidade de Londres e autor da Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical, disse que veio a este encontro falar da importância das artes numa comunidade e como estas [artes] ajudam as pessoas a terem «uma vida mais feliz, mais sociável, mais activa e mais criativa», sobretudo «em alturas difíceis, do ponto de vista económico, como aquelas que atravessamos», ressalvou o educador musical que ao longo da sua carreira se decidou à observação e acompanhamento de alunos de escolas de música inglesas para perceber como se dá o desenvolvimento musical no ser humano.

De salientar que, para além da sua participação neste congresso, Keith Swanwick ficará na Região mais uns dias a pedido do Gabinete Coordenador de Educação Artística (GCEA). De acordo com Carlos Gonçalves, director do GCEA, o professor dará na próxima semana (entre segunda a quinta-feira), no Funchal, uma formação a professores de educação artística subordinada ao tema “Criação e Improvisação Musical”.

Para este responsável esta será uma «excelente oportunidade» para os profissionais desta área estarem em contacto «com um dos grandes pedagogos musicais do século XX», revelando que já estão completos (em termos de inscrições) os dois grupos que vão participar neste “workshop”.

Em relação ao congresso que terminou ontem, Carlos Gonçalves mostrou-se satisfeito com a esta segunda edição, acrescentando que, «curiosamente, há cada vez mais uma adesão de professores de todas as áreas artísticas».

Embora admita que tenham se ser “limadas algumas arestas” em relação à logística do evento, o director do GCEA referiu que na globalidade este segundo congresso «foi maioritariamente do agrado das pessoas».


Fontes:
http://ideiasemarteeducacao.blogspot.com.br/2009/05/teoria-espiral-de-swanwick.html


http://www.ccm.art.br/mostradica.php?id=50
 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaiLaZT9jKidZ3ZJjugRpwJru3vDaPq8m5F0HFzPVUmIvTITl5gw0m2HfwgQ3zex6oLLStcsqpoH9k3P1d7ebieG3Y5_3_AkcgF2Uw7DzrmJYiczY_gCLu77OFw38vGa96N29ppFB7H2tQ/s1600/swanwick_espiral_menor.jpg
 

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Ensinando Música Musicalmente, Keith Swanwick, 128 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 36 reais

Music, Mind and Education, Keith Swanwick, 192 págs., Ed. Routledge (em inglês, sem edição no Brasil), 45,95 dólares
 
http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/entrevista-keith-swanwick-sobre-ensino-musica-escolas-instrumento-musical-arte-apreciacao-composicao-529059.shtml

http://www.netmadeira.com/noticias/cultura/2011/9/10/keith-swanwick-defende-que-as-artes-fazem-as-pessoas-felizes

http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/entrevista-keith-swanwick-534564.shtml